Orlando Franco

Orlando Franco  nasceu em Santarém, em 1977. Vive e trabalha em Lisboa.

Licenciado em Artes Plásticas pela ESAD- Caldas da Rainha, bolseiro Sócrates/ Erasmus na Faculdade Belas Artes de Salamanca, Pós-graduação em Teorias da Arte na FBAUL e Projecto Individual no Ar.Co.

Foi docente no programa CURSOS do CCB e esteve na concepção e docência do curso Entre-Planos, Artes Visuais/ Cinema/ Arquitectura (2006, CCB).

Foi monitor do Serviço Educativo do CCB e actualmente é monitor do Serviço Educativo do Museu Colecção Berardo.

Enquanto artista plástico explora a vídeo-instalação e o desenho.

Selecção de Exposições:” Enganar a Fome – Espaço Avenida 211, Lisboa; “Na Margem do Vísivel – Pedro dantas dos Reis|Orlando Franco, Sala Do Veado- Museu História Nacional, Lisboa”(2008); “Passagen(s)” – Túnel da Fundação| Museu Bernardo, Caldas da Raínha; “Inauguração – Museu Bernardo” – Caldas da raínha; “Debaixo do Tapete” – Platafórma Revólver, Lisboa (2007); “V Prémio City Desk”, Centro Cultural de Cascais; “Bartolomeu 5” (com Ana Romana, Daniel Gustav Kramer, Orlando Franco, Susana Anágua), Lisboa (2005); “Anteciparte”, Lisboa (2004); “Exposição de finalistas – E.S.T.G.A.D.” Caldas da Rainha; “Os sapatos morrem e os cordeis ficam” – Centro de arte de S.João da Madeira  (2001); “Caldas Late Nigth – Intervenção nocturna”, Caldas da Rainha; “Salão de Outono”- (1º prémio pintura) Centro Cultural Mário Viegas, Santarém; “Voyage – Projecto de vídeo colectivo” (Caldas da Rainha, Lisboa, Porto, Salamanca, Barcelona, Amesterdão e Bruxelas) (2000); “Pré-avisoII” – galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; “Pré-aviso” – galeria Réspublica, Santarém (1999)

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As imagens que aqui surgem, são desenhos que em primeiro lugar foram imagens. O gesto que desenha não depende de um projecto mental, alguns destes desenhos surgem enquanto estou ocupado com outras coisas, outros não. Uns dos grandes problemas é perceber quando uma imagem é importante.

Orlando Franco

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Entrevista a Orlando Franco

Cláudia Cláudio– Fale-me do percurso que o conduziu à realização do trabalho que agora apresenta.
Orlando Franco– O trabalho que apresento na exposição BY THE BOOK é uma espécie de trabalho que tenho vindo a realizar em paralelo com as vídeo-instalações. Quando penso num plano, enquadramento ou numa sequência em vídeo, esboço-a primeiro como desenho mental e depois passo-o para o papel. O desenho enquanto forma de pensamento está bastante presente no meu processo criativo. Estes desenhos são pensamentos puros, vêm antes da ideia, logo, não são planeados, vão surgindo no próprio gesto enquanto vou desenhando. No final ocupam o espaço…
CC– Nestes desenhos a paisagem surge de um modo contido. Esta abordagem é intencional?
OF– A contenção é uma ideia, ou melhor, é uma sensação que me persegue…
CC– Quando se fala no seu trabalho é inevitável não fazer referência ao conceito de tensão e, na realidade, quando vi estes desenhos os mesmos reportaram-me de imediato para o sobredito conceito. Fale-me da apropriação que faz deste conceito.
OF– Uma força pressupõe acção. Uma força num espaço contido está em tensão, interessa-me o momento imediatamente anterior ao movimento.
CC– Estes trabalhos, não são apresentados de um modo linear ou sequencial. Conjuga desenho e instalação. Porquê, esta opção?
OF– A obra tem de se instalar no espaço. O espaço potencia ou condiciona o objecto…
CC– Num texto que escreveu sobre esta exposição afirma: “As imagens que aqui surgem, são desenhos que em primeiro lugar foram imagens”. Há, portanto, da sua parte uma preocupação em torno do conceito de imagem e da sua materialização?
OF–  Sim. Imagens e sensações.

Entrevista realizada em Abril de 2009

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